Coisas de Lambda

Pensamentos, desabafos, desatinos e outras Coisas...de Lambda . email:coisasdelambda@clix.pt

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Alguém um dia me disse: " Eu acho que sobre ti há tudo mais para dizer, do nada que em tudo falta, na falta que há de viver."

31 julho 2006

Dona Xepa

Hoje passei o dia a arrumar a minha casa, é chato mas alguém tem que o fazer. Como para além de mim só cá vivem os meus peixes, cheguei à conclusão que não havia como escapar ou dividir esta dura e ingrata tarefa.
Qual Dona Xepa, comecei no quarto e só parei quando já tinha passado a pente fino todas as divisões. Apenas no escritório não entrei, porque qualquer tentativa de o arrumar é inglória e estragaria a minha bela concepção de caos organizado.
Depois de muito aspirar e transpirar, despi o papel de mulher-a-dias e passei ao de dona da casa, num belo banho de imersão.
Eram quase nove horas quando fiz as pazes com o meu sofá. Estava amuado por eu não ter partilhado com ele mais uma bela tarde de domingo. Finalmente estávamos juntos. E enquanto fumava um cigarro e apreciava o resultado do meu trabalho, dei comigo a pensar que, decididamente, devia ter comprado um T0.

27 julho 2006

Maxmen Tv

Este programa da TVI, que passa às terças-feiras à noite, é qualquer coisa de lamentável. Eu já li várias vezes a Maxmen e até gostei, pois não sou muito adepta da batalha dos sexos. É uma revista interessante, porém dei graças a Deus pelo programa de televisão ser feito para homens. É que se fosse feito para mulheres eu acharia um insulto à minha inteligência.
Não tenho nada contra programas para homens, mas precisam de ser tão maus? Aquilo a que chamam irreverência do "apresentador", eu chamo estupidez pura. Aliás acho que é difícil fazer tão mau. E se para ver umas gajas descascadas os homens têm que levar com aquele anormal, mais vale comprarem a revista.
Para cereja em cima do bolo foi a entrevista que fizeram à Lenka, uma boazona que estava quase a partir as costas para tentar ficar com mamas. Uma das perguntas foi: "A União Europeia anda a reboque dos EUA?" Isto é quase como entrevistar o prémio Nobel da física e perguntar-lhe se usa sabonete ou gel de banho. Deixem as moças fazer o trabalho delas que é o de encantar pelo corpo que têm, é que dessa forma estragam tudo.
Resumindo, façam programas para homens com gajas despidas, futebol, carros, mas não os tratem como deficientes mentais.

26 julho 2006

29 aninhos

O meu mano fez 29 aninhos e eu tive um fim-de-semana de loucos. Eram três da manhã quando acabei de trabalhar e arranquei em direcção ao Porto para não correr o risco de adormecer na manhã seguinte.
Cheguei por volta das quatro e meia e como se não fosse demasiadamente tarde, ainda me enganei na saída da auto-estrada. Mais volta menos volta lá acabava por chegar a casa.
Fui tentar dormir, coisa que só acabou de acontecer muito mais tarde, pois a insónia e o red bull que tinha bebido para a viagem não me deixaram adormecer. Só adormeci por volta das oito e passadas duas horas lá estava a o meu papá querido a dizer: "Acorda dorminhoca".
A muito custo lá me levantei e meti no carro para ir ao almoço de aniversário do meu irmão. Na viagem fui atacada por uma velha que abanava energeticamente os braços, enquanto gritava Portugal e atirava laranjas aos carros que passavam.
Finalmente cheguei ao almoço que correu bem apesar das minhas olheiras que não enganavam ninguém. Depois de almoço estivemos a ver o vídeo do casamento do meu irmão e quando acabou lá me meti eu outra vez no carro para mais 160kms para voltar a esta terrinha infecta. Cheguei 15 minutos antes de ter que ir trabalhar e mais uma noite se passou.
No domingo, como costuma dizer o meu amigo BB, estive ligada às máquinas todo o dia. Mas foi bom ver o sorriso do meu mano por eu lá ter ido e a família toda reunida.
É reconfortante quando, apesar de nos cansarmos, contribuímos para alegria de alguém e esse alguém é o melhor irmão do mundo.
Parabéns mano. Adoro-te.

25 julho 2006

Jota

Há uns anos, fui convidada para um jantar de anos onde estavam para aí trinta pessoas menos uma. Isso mesmo, menos uma porque o aniversariante ao contrário dos convidados, faltou. Adormeceu... Claro que fizemos a festa na mesma, até os parabéns cantamos.
O Jota era, e ainda é, um pouco assim. Mas apesar de ser o cúmulo da distracção, era daquelas pessoas com quem eu adorava conversar. Companheiro de muitas aventuras e histórias que vão ficar para a posteridade.
Agora vai ser mais difícil, pois como ele tanto queria deixou esta parvónia para ir trabalhar para Lisboa.
Fizemos um jantar de despedida, foi fixe, relembramos muitas histórias e desta vez ele foi.
Vou ter saudades tuas Jota.
Tem cuidado, não te tornes "lisboeta" e não te esqueças de dar notícias.

19 julho 2006

E se...

Notícia de abertura da Cnn: A povoação de Arronches no Alto Alentejo, com o aval da Associação de Amigos de Portalegre, resolveu bombardear hoje as suas províncias vizinhas. Os ataques visaram atingir as povoações do Redondo, Reguengos de Monsaraz e Vidigueira. Os ataques deram-se após a captura de dois enólogos da cooperativa de Borba dentro das instalações da Adega Cooperativa do Redondo.
A CVRA, Comissão Vitivinícola Regional do Alentejo está a tentar mediar os conflitos, tendo para isso enviado dois representantes da região do Dão. Atenta ao desenrolar deste conflito está o resto da população portuguesa, a qual, espera que em breve ele se resolva pois a sua continuação porá em causa os stocks do maravilhoso néctar que é o vinho alentejano.
Tudo isto pode parecer impossível, mas se pensarmos que o Líbano e Israel juntos são do tamanho do nosso Alentejo e que a maioria de nós, apesar de prescindir de ir à missa ao domingo, não passa sem um bom vinho às refeições, o impossível bem que pode acontecer.

Civis libaneses

Mais um dia e a abertura dos telejornais foi sobre a crise que se instalou no médio oriente com os ataques de Israel ao Líbano. Longe de mim querer debater esta questão política, pois uma eternidade de posts seriam necessários. Mas incutirem-nos que tudo isto começou porque dois soldados israelitas foram capturados, faz-me lembrar a história da cegonha que vem de Paris. É simples e adia o esclarecimento das dúvidas por uns anos.
Mas há coisas que me incomodam. Depois da palavra Jihad Islâmica ter sido acrescentada ao meu dicionário, de ver todos os dias imagens desse e outros conflitos, de ver o modo como se manifestam aqueles povos e o que defendem, tenho sérias dificuldades em encontrar o significado de civis libaneses neste conflito entre Israel e o Hezbollah.
Às vezes, também tenho o direito de ser fundamentalista.

18 julho 2006

Uzo

Se há coisa que sempre gostei foi publicidade, e nada como um Mundial de Futebol para vermos spots fantásticos. Mas se por um lado houve anúncios televisivos bestiais como o da Famous Grouse, há sempre o reverso da medalha. Eu pensava que só os reclames a pensos higiénicos e tampões conseguiam atingir o grau supremo da estupidez, mas tenho que admitir que desta vez a Uzo me surpreendeu.
"Tempo para aproveitar.
Parque para namorar.
Golo para comemorar.
Sol para recomeçar.
Liberdade para carregar.
Uzo para descomplicar."
Estas frases fabulosas e cheias conteúdo têm por base uma musiquinha, certamente roubada num encontro de jovens cristãos, e uma animação, em que revivi os tempos dos desenhos animados de leste trazidos pelo saudoso Vasco Granja, nos anos 80.
Se a política da Uzo é cortar custos, podiam ter englobado nesse corte a equipa de publicitários a quem pagaram para criar esta nódoa amarela. É que conseguiram entrar directamente para a segunda posição no meu ranking dos piores anúncios deste mês. Não destronando, por pouco, o men do Skip com o seu fatinho prateado a cantar uma nova versão da "linda portuguesa", grande hino pimba do nosso Marante.
Nós até nos podemos gabar da boa publicidade que é feita neste país, mas há anúncios dos quais o nosso cérebro deveria ser poupado.

16 julho 2006

Num dia mau

Há bons dias e há maus dias. Como em tudo na nossa vida há sempre o positivo e o negativo, porém nunca damos a devida importância ao que de positivo se passa connosco. Por outro lado quando as coisas estão mal só têm tendência para piorar. A minha disposição actual é a demonstração real da lei de Murphy .
Se déssemos mais atenção às coisas boas e saboreássemos melhor os bons momentos, talvez os maus dias não nos custassem tanto a passar, pois teríamos sempre um background de coisas boas onde viveríamos as más.

14 julho 2006

Há dias assim


13 julho 2006

Gostos

Mais um dia em que me sento em frente ao computador para mais um post no meu blog. O calor é insuportável no meu sótão, lembra-me os dias de inverno em que rapo um frio do caraças aqui. Resumindo acabamos por nunca estarmos satisfeitos com o que temos, nem sequer com a temperatura que nos rodeia.
Já sem a t-shirt e a começar uma sauna involuntária tenho que relatar aqui a frase do dia: "Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti" - Ouvi-a num telefonema de um amigo. Porém não consigo encaixá-la como uma máxima porque afinal os meus gostos podem ser diferentes dos outros. O que eu não gosto, outros podem gostar e vice-versa.
É que eu sou mais do género: "Não faças aos outros o que gostas que te façam a ti porque os gostos deles podem ser diferentes dos teus".

12 julho 2006

O nascer do dia


Foram dois dias em grande com muito sol, animação, banhos às 4.30h da manhã, muito bacardi e vodka. Mais uma vez montei o iglu que teima em virar sauna mal o dia nasce. Aprendemos palavras novas conforme as garrafas iam ficando vazias e rimos à grande. Mas o mais lindo foi este nascer do dia que tive o privilégio de assistir.
A calma de um rio que aos poucos começava a espelhar um céu de cores indefinidas. Uma neblina de formas indescritíveis que corria sobre ele e o som dos pássaros que a medo iam acordando eram as únicas manifestações de movimento neste espectáculo incrível. A luz aumentava e a sinfonia vinda das árvores também, à qual se juntavam as duas rãs com as quais tentamos conversar no início da noite. Eram 6.30h quando completamente fascinada pelo que assisti apaguei o meu último cigarro e fui dormir.
Muito se fala da beleza do pôr-do-sol, porém o seu nascer é sublime, apenas não costumamos estar nos sítios certos para o podermos observar. A albufeira de castelo de bode é um sítio magnífico para o fazer.

07 julho 2006

Ser ou não ser

Hoje, enquanto procurava as chaves do carro na confusão da minha carteira, ia ouvindo a discussão entre duas mulheres que estavam ao lado do meu carro. Penso que falavam sobre o marido de uma delas e eis que surgiu a frase: "Porque hoje eu sou mais eu, já não sou a mesma de há uns anos atrás. "
Entrei no carro e enquanto conduzia ia pensando naquela frase. Discordando completamente daquela afirmação.
Acho que conforme o tempo passa somos menos nós. As nossas vidas vão-se encarregando de nos transformar. Quando damos por ela, decididamente, somos menos nós e mais o reflexo dessas mesmas vidas. E pouco a pouco, vamo-nos mesmo esquecendo de ser...
Gostava de poder dizer que hoje sou mais eu, mas só posso dizer é que tenho saudades de quando era eu...

06 julho 2006

Danoninho


Faltou-nos um Danoninho... Mesmo assim fomos longe e somos grandes.

05 julho 2006

Espectáculo mórbido

No final da minha rua, em Novembro de 2005, foi atropelado um miúdo de 11 anos na passadeira, o qual acabou por morrer. Na altura os pais colocaram uma cartolina a demonstrar a sua revolta e uma vela que mantinham sempre acesa.
Passados uns dias juntaram ramos de flores e as velas multiplicaram-se, chegando mesmo a fazer de separador central entre as duas vias. A cartolina deu lugar a uma faixa enorme que atravessava a rua de um lado ao outro. Até manifestações houve no local.
Estamos em Junho de 2006, ou seja passaram oito meses e as flores e as velas continuam a decorar os dois sinais de trânsito. Dia após dia aparece mais um ramo ou uma coroa, até já bonequinhos de peluche lá vi. Eu e todos os não podem deixar de lá passar. Como se de todas essas vezes me quisessem lembrar que ali morreu uma pessoa. É um espectáculo mórbido do qual eu prescindo.
Imagino que a dor de perder um filho deva ser enorme, mas não serão os cemitérios os locais próprios para estas flores e velas? Será que vou ter que levar com este cenário todos os dias quando saio ou chego a casa? Se calhar sou insensível, mas isto começa a chatear-me...

04 julho 2006

É melhor amanhã

Não sei porquê mas arranjamos sempre desculpas para não fazermos o que nos dá mais trabalho e não é urgente. Vamos adiando como se num belo dia o que é chato deixasse de o ser. A pouco e pouco acabamos por adiar tudo aquilo que não gostamos. O dia seguinte parece ser sempre melhor do que o de hoje, para o que não temos pachorra.
O resultado é que quando damos por ela temos uma lista infindável de fretes e aí cada um deles se torna mais penoso do que o outro.
Isto aplica-se a quase tudo na nossa vida, desde uma conversa difícil até ao simples passar a ferro.
Hum... acho que vou passar a ferro e deixar a tal conversa para amanhã.

02 julho 2006

Liiiiiiiiindo

São seis da manhã, acabei de chegar a casa...
Não tenho palavras apenas uma imagem...


01 julho 2006

Estou infectada

Chateia-me quando faço zapping e mais parece estou a fazer rewind nas notícias. Desde que começou o mundial isso tem acontecido, independentemente da hora do dia.
Ainda não há muito tempo, se bem me lembro, o mesmo aconteceu com as cerimónias da transladação do corpo da irmã Lúcia ou com o enterro do Papa.
Confesso que, tal como milhares de portugueses, estou infectada com os "microloucos". Tenho o cachecol de Portugal sempre pronto, a camisola com a bandeira e o golfinho para dar sorte. Porém tudo isto me faz lembrar a famosa trilogia dos três Fs. E não sei porquê, mas conforme o tempo passa, infelizmente, vamos dando razão ao tal senhor...
Por mais calafrios que isto me cause, só faltam três jogos, acho que aguento...
Viva Portugal!