Durante o fim-de-semana, esta palavra surgiu em várias conversas que tive, umas mais a sério que outras. A verdade é que, mal ou bem, todos nós pertencemos a um qualquer grupo, quanto mais não seja, o sanguíneo.
É interessante que numa sociedade em que, cada vez mais, impera a lei do cada um por si, a palavra de ordem seja: o Grupo.
Desde o grupo do ginásio, o de pais, o do hi-5, o do trabalho, até ao grupo do cafezinho de sábado à noite, do pequeno-almoço na pastelaria da esquina, dos colegas, dos ex-colegas. O grupo dos copos, o das jantaradas, o da igreja, o do euromilhões e o dos almoços das quintas-feiras...
Vendo assim a coisa, até parece que as pessoas estão interessadas nas outras e preocupadas, com plena consciência da sociedade que as rodeia e do que é fazer parte de um grupo. Alinham nesta proliferação de grupos, acabando por lhe acrescentar, muitas vezes, a palavra “amigos” e os catalogar por ambientes ou pelo que fazem quando estão neles.
Muitos andam felizes por pertencer a muitos grupos, não se apercebendo que vão descurando o mais importante de todos: o dos verdadeiros amigos. O dos amigos sem sítio ou hora marcada, sem exigências ou obrigações, sem prazo ou dia definido.
O pressuposto de que ele sempre lá estará, independentemente da nossa falta ou desprezo, faz com que nos vamos afastando e, sem nos apercebermos, ele, aos poucos, vá acabando.
Não nos esquecemos de pagar a nossa parte do euromilhões todas as semanas, mas não temos tempo para um telefonema aos amigos com quem, um dia, choramos, nem aos que nos abraçaram. Perdemos tempo a mandar e a ler mails uns dos outros, a mostrar os novos vídeos que descobrimos no youtube. Mas não mandamos um simples mail a dizer: gosto de ti, a com quem partilhamos os nossos maiores problemas, aos que estiveram lá na hora certa e fizeram a diferença, aos que nos ajudaram simplesmente por serem os nossos amigos.
E muitos não o fazem porque acham que o grupo dos amigos é inabalável, e no meio de tantos grupos novos, às vezes este passa para segundo plano. Quando forem a ver, só terão os tais grupos em que pagam as mensalidades e jóias de entrada ou existem pela frequência das reuniões ou das vezes que são frequentados.
Espero nunca embarcar nesta onda dos novos grupos, e foi bom aperceber-me, este fim-de-semana, que, tal como eu, ainda há muita gente que dá valor ao verdadeiro grupo de amigos, mesmo que brincando com o assunto.
Já agora, este post é para o ZM, a Visto, o Sumolzinho, o Bebé, o Bambi, o Diogo, a Luísa, a Cá, a Tá, o Ruben, a Xilla e o Pop ( o gajo dos comentários simpáticos). Vocês sabem que são muito importantes para mim. Gosto muito de vocês e obrigada por fazerem parte do meu grupo de amigos.
Uma linha especial aos tertúlianos do sebentas, pois aos poucos vão ficando cá dentro e já fazem parte do meu grupo de amigos. :)